terça-feira, 14 de julho de 2009

Um príncipe de trinta e cinco anos.

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Contos de fada remetem a ilusões e a jovens casais apaixonados que viveram felizes para sempre. Sem amor eterno, sem ilusões e sem final tão feliz, vivi um quase conto de fadas. No entanto, meu príncipe não tinha vinte anos – essa idade é muito comum nos livros infantis - meu admirado já tinha trinta e cinco.

Venho falar dos benefícios que tive ao ter um homem ao invés de um garoto na minha vida - se você tiver essa chance, não a perca. Por favor! Todas nós sabemos que os garotos possuem uma pequena – reparem em como sou boazinha – deficiência quanto ao amadurecimento. Anos a sua frente, as mulheres não agüentam mais papos sobre vídeo-games, mulheres peladas, motos ou qualquer outro assunto pertinente nas cabeças dessas crianças grandes. Homens maduros também podem falar desses assuntos – afinal homem é homem – mas a maneira como o abordam e a inteligência como o fazem já são bem mais aparentes. Obs.: há exceções em todos os lugares, se o seu homem maduro continuar falando abobrinhas, caia fora! Se até agora não o fez, não vai crescer nunca mais.

Vantagens a parte, vou simplificar minha história. Cidades diferentes, mas trabalhávamos juntos. Primeiro encontro e lá estava a atração – ui ui ui. Semanas se passaram e o primeiro convite foi feito – já dá ver a diferença – um jantar num restaurante japonês – uma das minhas paixões. Obs.: fale apenas uma vez do que gosta para o pirralho, dificilmente ele lembrará. Aqui está o amadurecimento: observação e memória. Muitas saídas depois mudei de emprego. E automaticamente os encontros diminuíram – horários diferentes, sabe – e por evidência, o apego terminou – o melhor de todos, confesso que faz falta. Mas como toda história traz aprendizado, vou destacar algumas coisas que aprendi com Homens - de H.

A experiência é a base de tudo. Olhe ao seu redor e perceberás que ela é importante no trabalho, na psicologia, na cama e não seria diferente nos relacionamentos. Pequenos detalhes fazem toda a diferença no dia-a-dia e nos momentos íntimos. O cavalheirismo – não vejo mais isso – é ponto forte. Abrir a porta, um convite inesperado para almoçar, ir ao cinema, receber flores ...Tudo tão simples e tão difícil para esses novatos. O romantismo é necessário, mas parece tão retrógrado que não é posto em prática – que pena! Feliz era minha mãe. Por falta de carinho não ia morrer. Não vejo mais demonstrações de afeto, só beijos de língua em praça pública junto com mãos abobadas e sem controle ou então aquela pegação escancarada na balada, como se fosse um pré-sexo – e é isso na verdade, mas enfim ... Cenas de ciúmes são tão raras que dá até gosto de sair de casa, diferentemente desses namoradinhos que achamos por aí e ficam se fazendo de machões e entram no típico episódio “a mulher é minha, mané!”. Lindo, quando se tem quinze anos e/ou quando não há pretensão de curtir o evento/momento, porque briga é sinônimo de saída forçada. Obs.: proteção é uma coisa, mas partir pra palhaçada é outra completamente diferente. Ai essa infantilidade que me mata. Sobre o sexo prefiro nem comentar, deixo o recado: o céu não é o limite!

São tantas vantagens que encontrei nesse período e ainda não numerei – sinto não ter tempo suficiente para isso. No entanto, sei que as citadas já são suficientes para entender que a cabeça de cima tem que funcionar melhor que a cabeça de baixo. Porque a lógica é simples: quem dá paixão recebe paixão; quem dá carinho recebe carinho. E quem dá um chifre recebe dois - se não forem nossos, serão de outras.



Posted by Jaque.

5 comentários:

  1. Superou nessa amiga.
    E claro, rendeu inspiração para o meu próximo post.

    Nane

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  2. ai Jaque.. cheguei a uma conclusão muito séria, sabia? adorei o seu post.. mas no fundo no fundo, tudo é uma questão de timing...
    príncipes encantados de 30 e poucos são ótimos, se vc está a fim de ser tratada como uma princesa.. Mas garotões de 20 e poucos também são uma delícia quando você só está a fim de putaria.. huahuahuah

    =X

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  3. já vivi um amor assim, com alguém mais velho. é mesmo bem diferente!!!! bjsss

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  4. Agora o que você me diz de puxar uma cadeira para a companhia sentar e a mesma dizer:"ei, eu queria sentar aí, deixa eu ficar nesse lugar?"; e o cara ter q olhar sem graça e dizer: eu puxei pra você! Ainda existem muitas mulheres que não sabem receber certos mimos e mesuras; em número maior do que possas imaginar. Confesso que isso, a longo prazo nos deixa mais insensíveis. Fica difícil ser bom em algo sem prática. Claro que a personalidade não muda, mas confesso que não sinto prazer em alimentar papagaio com caviar.O que nos difere é o romantismo. Os românticos nunca desistem. Eu mesmo sou incorrigível e vou continuar entrando por último depois de abrir a porta, abrir a porta do carro e ajudar a colocar o cinto, e fazendo muitas outras coisas que aprendi em casa a fazer, ser gentil pra receber, no mínimo gentileza. Civilidade é tudo, mas para alguns o estímulo é imprescindível.
    PS.:Sou assim desde os 17, não precisei esperar os 30...

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